domingo, 3 de junho de 2007

Mudanças


Mudanças

Por que perdemos uma pessoa?
Perdemos porque a pessoa cresceu

E nem nos avisou?
Deixamos de perceber a mudanças
E tantas pequenas coisas
Que pareciam irrelevantes?


Por que perdemos?
 Ela se amargurou...
Silenciosa e reservadamente,
Sem nossa mão de amparo nos deixou?
Por que ela cansou... renovou-se...

Enquanto estávamos
Tão distraídos e seguros
da posse?

Por que a perdemos?
Será que ela enfraqueceu...
Sofreu dores imensuráveis...
Enquanto desatentos
Não vimos aquela  previsível pessoa,
Acessível, tão nossa...
Companheira de todas as horas.

Se distanciando a passos largos?

Por que perdemos se sabíamos tanto dela?
Ou naum sabíamos?
Ou o que sabíamos se transformou?
Ou aquela pessoa que conhecíamos e
Da qual sabíamos tudo
Deixou de existir?


São tantas interrogações
Que só acordamos com o clarim
Da amarga perda.
Irremediável, hieroglífica
E aparentemente traiçoeira?


Ione (Jullye)

sexta-feira, 1 de junho de 2007


Na maioria dos atos humanos
Na sensatez das palavras ditas
Na bondade escondida
Na lealdade não demonstrada

Dai-me senhor, fé.
Nos olhares de promessas

Nos risos de rótulos verdadeiros
Nos elogios inesperados
No amor prometido...dai-me, Senhor, fé

Nas afirmações vacilantes...
Nas mãos que se estendem,
E se recolhem a seguir
Nas colheitas obrigatórias e
Na qualidade das sementes...
Dai-me, senhor, fé.
Fé geradora de paz e confiança,
Prenhe de carinho e doçura
Redentora da bonança...
Dai-me, senhor, já.

Jullye (ione)

sábado, 26 de maio de 2007

Vida
Jullye (ione)

A vida é o presente maior
O bafejo cristico, a chama sutil manifesta
E acerteza de que somos capazes
E merecedores desse prêmio: viver
Vida uma possibilidade,
Um carinho divino,
Uma Luz que invade,
Uma palavra silenciosa de amor,
Uma esperança,
Um florescer, uma fé
SiglaV .I . D . A
Viveremos Iluminados Depois do Aqui
Compensados, acolhidos, homenageados
Por ter conservado o presenterecebido.

Foi nos dada a vida
Mas não disporemos dela para encerrá-la
Para amaldiçoá-la e tampouco para piorar
As vidas de quem está perto de nós.
Deus nos fala pelas palavras das pessoas
Com quem convivemose é nosso suporte
Para que sejamos fortes agradecidose cheios de vida.
Renascer
Jullye (ione)

A cada passo, a cada fato ou experiência,
a cada presença ou usência,a cada vitória ou derrota,
a cada lágrima ou sorriso,a cada consentimento ou negativa,
renascemos para novas reflexões.

Uma nova vida numa vida antigaressurge em nós
como um bebê no colo.Mesmo que tenhamos em mente
a morte inexorável,mesmo que caminhemos céleres

para o fime mesmo além do fim, uma nova vida,
um novo sopro se aninha em nosso colo
como um bebêque quer ser notado e acarinhado.


É inútil pensar no final como solução
ou como fecho de uma vida
conturbada porque a despeito
de todas as nossas variadas crenças,
renascemos sempre.


E mesmo que não cheguemos
a tomar conhecimento há uma renovação
permanete no universo e outra
de menores proporções
no nosso dia-a-dia e dentro de nós.
Venha
Jullye (Ione)

Custa a vir, amigo!!!
Mas de repente,
Pisoteandoos arbustos do costado do caminho

vem você com seu bornal embolotado, desajeitado,
Estufado de jóias raras, valiosoas, estupendas.

E chega-se a nós
Despejando espalhando

Raios luminosos coloridos,
Sem rima, lapidados,brilhantes.

Venha sempre

Que te queremos mensageiro
E portador de valores sutis, originais,
Ternos colhidos no âmago de

Suas próprias águas.

Venha que te queremos cá entre nós
Com seu bornal de raridades que ninguem
Te poderá roubar.

Venha que te queremos cá.

Com suas jóiasque nos deixa degustar
E ficar aqui na hora em que se vai.
Venha...
Traição
Jullye (Ione)

Traí quando já naum sentia mais
O que você sentia por mim...
Quando não sonhava mais com você...
Mesmo ainda juntos,
Embora ainda namorada...
Ainda Amante.

Traí quando fui demais exigida
E as cobranças sufocaram....
Quando os agradecimentos eram pouco
Dentro de um amor absurdo
Cheio de dor
De desamor e egos loucos.

Mortificada pelas
Nuanças de egoísmos...
Mortificada... cansada
Traí solitariamente.

Traí você comigo mesma
Quando não mais sentia arrepios,
Desejos desgovernados...
Sensação de levitação
E silenciei ante sua cegueira.

Traí, conspirei, agi
Cumplice de mim mesma
No silêncio e recolhimento e
Na quietude de meu retiro.
Secretamente desamei


Passando a me amar
No sossego branco e brando que restou.

Roubei-me de você
Executando a única traição possível
Que era estar só sem ninguém
Restituída a mim mesma
Fazendo cumprir os tantos recados
E avisos lacrimosos
De que eu me pertencia
Na minha Essência divina.

janeiro 2003

Navegante
Jullye (ione)

Corta as ondas
Penetra nas entranhas quentes
Te perde no mundo real
E te entrega às águas
Deste mar acalhedor.

Permite ser arrastado
Ensurdece e perde o rumo
Te molha e te deixa ser devorado
Pelos impulsos desse mar

Submerge
Te embebeda deste vccheiro agreste
Engole e te faz possuído pelas águas
Nutritivas e narcóticas
Deste mar.

Navegante destemido
Conquista este mar com fúria
E te faz conquistado
Arrebatado e arrastado por ele
Que este mar é o amor

Amor em ebulição
Impetuoso, impuro, enfurecido
Descabido voraz...
Explosivo desavergonhado
E por fim... enternecedor